O Curso



O curso de Filosofia da UCDB iniciou seu funcionamento em 18/02/1980, autorizado pelo Decreto Nº. 84.267, publicado em 07/12/1979. A Portaria Nº. 109/1983 do MEC, publicada em 17/03/1983, atesta seu reconhecimento. O curso baseia-se na legislação emanada do sistema federal de ensino, cuja principal referência é a Lei Nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que promove a descentralização e a autonomia para as escolas e universidades, além de instituir o processo regular de avaliação do ensino. Especificamente, o seu projeto pedagógico também se estriba em conformidade aos Pareceres do CNE/CES 492/2001 e 1363/2001 e à Resolução Nº 12, de 13/03/2002, que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Filosofia. O curso sempre se estrutura como licenciatura voltada ao ensino de Filosofia na educação básica e, tanto quanto possível, qualificada também como um curso superior de formação humanística comprometido com as transformações e interpelações sócio-éticas contemporâneas no âmbito da educação.

A proposta didático-pedagógica, implantada no curso de filosofia da UCDB a partir de 2001, procura orientar-se teoricamente a partir do paradigma da transdisciplinaridade e do cumprimento de um conjunto de atividades complementares, abrangidas pelos grupos de estudo e projetos de extensão. No que concerne ao planejamento, busca-se sempre uma programação conjunta na elaboração dos planos de ensino e ementas, visando atingir a transdisciplinaridade, estágio de superação das práticas da disciplinaridade, intradisciplinaridade e interdisciplinaridade, quer dizer, práticas didático-pedagógicas que reforçam a fragmentação e especialização do conhecimento. A realização da transdisplinaridade deve dar-se pela permanente busca dos pontos de aproximação entre as ações interdisciplinares, no sentido de eliminar a fragmentação dos conteúdos mediante discussão de temas transversais que os transpassam. Pela transdisciplinaridade se visa articular uma nova compreensão da realidade entre e para além das disciplinas de formação humanístico-filosófica e formação pedagógica voltada para o ensino de filosofia nas escolas.

Historicamente, o curso de filosofia da UCDB tem executado múltiplas práticas pedagógicas no sentido de potencializar sua missão de formar licenciados nessa área. As atividades de nivelamento e complementares, disseminadas em vários grupos de trabalho, evidenciam a mobilização de esforços humanos e a agregação de recursos extraordinários para tornar factível, dentro do curso de Filosofia da UCDB, o complexo cruzamento entre o ensino, extensão universitária e pesquisa. Esse cruzamento, pressuposto como via de potencialidade de ganho didático-pedagógico real à formação integral, é um horizonte fundamental para todos os processos desenvolvidos pelo curso, em especial, para aqueles que dizem respeito às atividades de nivelamento, complementares e extensionistas. Por meio dessas atividades, o curso alcança mais plasticidade em seu intento de cruzar ensino, extensão e ensino, pois se move em torno de propostas de trabalho fomentadas por professores e alunos a partir de intencionalidades investigativas abertas e diversificadas. Tal medida denota uma valoração do curso pela UCDB, possibilitando-lhe agregar maior dedicação de docentes e discentes dentro e fora da sala de aula. Com essas atividades, paulatinamente, o curso fortalece e estrutura relações interpessoais e pedagógicas pautadas pela integração dos corpos discente e docente nas fases de planejamento e execução do processo de ensino-aprendizagem.

Em consonância com esta história, adotar-se-ão os princípios filosófico-pedagógicos que primam por uma abordagem formativa crítico-social dos conteúdos em que:

  • o papel da universidade é o de transmissão de conteúdos vivos, concretos e indissociáveis da realidade, no sentido de preparar o acadêmico para agir de modo participativo e organizado frente às contradições do mundo, em vista da democratização da sociedade;
  • os conteúdos de ensino devem ser constituídos de conhecimentos selecionados entre os bens culturais da humanidade (saber universal autônomo) reavaliados face às realidades sociais atuais, com funções formativas e instrumentais. Assim, a postura é a de propiciar ao acadêmico acesso aos conteúdos, ligando-os com sua experiência concreta, na medida em que proporciona elementos de análise crítica que o ajude a ultrapassar a experiência, os estereótipos e as pressões difusas da ideologia dominante;
  • os métodos participativos e baseados em uma relação direta com a experiência do acadêmico, a ser confrontada com o saber das tradições filosóficas já existente;
  • a relação professor-aluno consubstanciada na interação diretiva para provimento das condições de trocas, de modo a facultar o aprendizado da docência como presença mediadora e intervencionista no mundo da vida;
  • o acadêmico aprenda a processar as informações para que a avaliação possa ser feita pela comprovação do seu progresso em direção a noções mais sistematizadas.


Prof. Me. Wercy Rodrigues Costa Júnior
Coordenador do Curso de Filosofia
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário